OHAYO
Estamos começando uma nova coluna
Enfim conseguimos candidatas para nossos conselhos amorosos.
Aqui vai nosso primeiro caso!
O Caso
Oi, eu sou R. 23- Rio de Janeiro.
Em novembro de 2005, conheci P. 25 anos, num clube noturno do Rio de Janeiro e desde esse primeiro encontro ficamos. Devido o seu trabalho eu o via poucas vezes, mas sempre que nos encontrávamos ficávamos. Gostava muito dele, mas acho que a regularidade de nossos encontros me condicionava a ser uma amiga ou “ficante”.
Em setembro de 2006 recebi dele uma notícia que mudou o rumo de nosso relacionamento: ele seria transferido para uma filial da empresa no Usa por tempo indeterminado. A situação fez com que mudasse minha atitude perante ele, eu pirei!
Queria muito ficar com ele e aos poucos nos tornamos namorados. Passamos a sair todos os fins de semana. Com a pendência da transferência ele esperou o contato da empresa a qual trabalhava e a partir do mês de novembro tinha o tempo livre para mim. Foi então que começamos a viajar e passar semanas juntos. Estávamos levando uma vida de casal. O tempo foi passando e aos poucos esquecia que ele teria que ir embora. A idéia que ele poderia ficar parecia tão forte para mim que se reforçava no apartamento que ele estava montando. As coisas iam bem e ele me apresentou a sua família como namorada, era a primeira pessoa que ele levava até então. De fato eu estava vivendo um conto de fadas.
Até que em fevereiro P. recebeu um comunicado que sua transferência seria naquele mês, ele me contou assim que soube, fiquei muito mal com isso, na verdade eu estava desesperada. Mas eu sabia que ele tinha que ir.
Como ele partiria no sábado, marcamos na sexta-feira uma festa de despedida entre amigos na casa noturna em que nos conhecemos. A festa inteira P. estava estranho. Passou a noite inteira sem falar comigo, na verdade não falou com ninguém.
No dia seguinte, não me deixou ir ao aeroporto. Mesmo assim liguei mil vezes antes dele embarcar, ele dizia que estava “ocupado”.
A única coisa que pensava era: “Que horrível! Que gente sem noção!”
Fiquei decepcionada com tudo isso. Até que dois dias depois de sua partida nos falamos por telefone ele disse que não conseguia ficar perto de mim e que se sentia mal. Ele resumiu que por aqui todos continuavam a fazer as mesmas coisas e que ele estava lá sozinho. Queria que ele falasse um pouco mais, porém ele não quis falar muito, pois achava sua atitude correta.
Mesmo assim estou muito magoada, acho que vai ser difícil retomar minha confiança de novo. O que acha que aconteceu com ele?
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O parecer de V-chan sobre o caso – no estilo Sherlock Homes guiada por Santo Antônio (risos) –Oi R-chan!
A situação é difícil mesmo, mesmo assim tenha em mente que ele não tinha muito escolha: ele tinha que ir.
Creio que a primeira coisa que deve ter em mente é que vocês vivenciaram coisas boas que devem sobressair a este episódio final, e que isso gerou a inesperada atitude de P. Se começar a encarar as coisas dessa forma retomará em breve sua confiança! Aliás, quem disse que isso é motivo para você se dobrar?!
Não se permita isso, lembre-se que qualquer separação é dolorosa, acho que P. resume bem tudo isso dizendo que o rumo da vida de quem fica continua e ele segue sozinho. Pense que vocês não optaram por isso e se existir algo que os una este sentimento vai persistir a esta distância, mesmo assim sei que não é fácil.
Com relação à atitude dele, temos que observar o tipo de pessoa que ele é: uma pessoa que adquiriu sua independência de maneira muito jovem, mas que faltava experiência em determinados assuntos. O fato de você ser a primeira namorada apresentada para a família exemplifica isso. Outros fatores que você apontou, e que não estão expostos no resumo de seu relato, deixam claro o fato de que P. nunca teve de encarar situações difíceis, assim ele as contornava à sua maneira.
O fato de não ter se despedido de maneira conveniente ou afetuosa na festa ou no aeroporto, foi um mecanismo de defesa. Isto é comum a todos nós, é um meio que desenvolvemos para contornar ou amenizar a dor.
Acho que ambos podem reaver a situação ao se apoiarem numa possível recuperação, merecem tentar isso pelo que viveram, o que você acha?! Por que não tenta ao poucos demonstrar que apesar de sua atitude os caminhos não prosseguem como ele resumiu, logo ele conhecerá novas pessoas e recobrará sua confiança, mas que ainda sim ele não perdeu seu valor perante as pessoas que ficaram. Aliás, isso serve para você também R. recobre sua confiança, se dê uma chance!
Se quiser no contar como tudo terminou é só entrar em contato!
Estaremos torcendo por vocês!
V-chan
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Você que tem uma história para contar, buscar algum conselho ou apenas discutir algo mande um e-mail para
Bem aqui encerro este post na minha missão meio escudeira de Santo Antônio, meio metendo o bedelho nos amores alheiros (risos).
Vou ficando por aqui.
Obrigada por acompanharem o V-chan’s Room – Into the Diary!
Kissu
V-chan
Frase do dia: “No jardim o vento leva as folhas devagar”
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