terça-feira, 5 de junho de 2007

Hayo,
primeiro post de junho...enfim acabou maio e tia Vivith está perto de ficar mais velha. Ando na síndrome de de Peter Pan: - Não quero crescer! De fato, pensar nisso me deixa as vezes bem atormentada.
Enfim, estive pensando em alguns temas pra começarmos junho empolgadíssimos (ahaha), ainda sim estou finalmente me reestruturando. Uma hora na vida temos que tomar jeito ~.~' -

Retomando os desenhos, arrumando os desenhos pro site, cada vez mais que retomo o mundo dos mangás, encontro pessoas que se interessam e que sempre querem ouvir um pouquinho mais sobre o que estou fazendo, o mundo está carente de mangakás falantes?! Seria, isso?!
Sinceramente não sei se o mundo está carente destas coisas ou se eu simplesmente sou muito "esprivitada" e faço tudo muito sem cerimonia.
E assim reencontro meus amigos, meus companheiros de jornada que sempre estão esperando por coisas novas e me motivando, agradeço a todos pela oportunidade e pelo constante incentivo.


Continuando este post muito chorosa, li o volume 22 de Furuba (Fruits Basket) e acabei me emocionando com a maneira com a qual a autora, Natsuki Takaya, desenvolveu o último capítulo do volume, que é o penúltimo da trama. Sem contar a história, fiquei impressionada como ela consegui lidar com sentimentos muito pertinentes a sociedade contemporânea, principalmente na cultura hierarquizada japonesa
A relação de uma solidão ou mecanismos de auto-defesa como um escudo aos malefícios do mundo e o medo que temos de crescer e viver, muito semelhante as minhas crises de Peter Pan.
Encobertos por esses medos podemos criar universos imutáveis, relações intermináveis para que seja possível enclausurar nosso receio sobre um eterno enlace. Como é confortável acreditar que podemos confinar um sentimento a eternidade e deixar que isto transcorra regido por esta mesmo que estejamos insatisfeitos ou magoados, a eternidade nos protege e por isso tudo pode estar solucionado ou mascarado por uma falsa e eterna ilusão de felicidade.

Fico pensando assim nos meus mangakás amadores, como eu, sobre aquilo que desejamos construir e levar através de nossos trabalhos e que tipo de mensagens poderemos estar optando em transmitir e simplesmente as mudanças que passamos na construção de um trabalho como o mangá.
Engraçado que passei muito tempo brincando com meus amigos ou até aqui mesmo a respeito dos personagens que vêm soprar coisas em nossos ouvidos, que aparecem e nos falam coo se fosse vivos. E de fato são. Neste capítulo Takaya cita o mesmo tipo de situação, em como é doloroso chegar ao fim de uma trama como esta. O fato de mencionar que pra autora é menos triste o fim de uma série que para os fãs, se deve a essas aparições e conversas que os personagens estabelecem conosco. Provavelmente muitas das cenas do mangá foram conduzidas por estes personagens que vem e falam de si,muito pouco, e refletem o seu desejo de felicidade.

Como deve ser difícil para um autor dividir com os outros estes "filhos" que podem ser amados ou odiados, e que algumas vezes nem podem ser salvos da ira dos fãs ...
a única coisa que quero pensar depois de ter lido o Furuba 22 é: - "Um dia quero evoluir e poder produzir algo que alguém possa se emocionar, assim como hoje eu me emocionei..."
Acho que a questão aqui está além do emocionar, mas sim produzir uma obra que gere algum tipo de reflexão, mesmo que indireta, mas que possibiltiaria um recomeço, ou uma outra forma de pensar...

Estou terminando este post pra agradecer aos grandes amigos e amigas mangakas,otakus felizes:
Ronin, Delirium-chan, Zine feminino, Clari-chan, Con XD, meu grande Guru mestre Mogli, Suzumi-chan, Tsubasa-chan e muitos outros... sempre sempre que guardam palavras de carinho e que alimentam o meu desejo de um alcançar este sonho, e que assim eu possa dizer:

- Hoje eu somos mangakas porque juntos chegamos até aqui.

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Kissu
V-chan
"Frase do dia: Deus se sentia muito solitário e decidiu fazer uma festa..."
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Um comentário:

Anônimo disse...
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